quarta-feira, novembro 16, 2005

Estados de Espírito

Radiohead
True Love Waits

I'll drown my beliefs
To have you be in peace
I'll dress like your niece
To wash your swollen feet
Just don't leave, don't leave
And true love waits In haunted attics
And true love wins
On lollipops and crisps
Just don't leave, don't leave I'm not living
I'm just killing time
Your tiny hands
Your crazy kiss and smile
Just lonely, lonely..
Just lonely, lonely..

sábado, novembro 12, 2005

On Lollipops and Crisps


...É importante para mim que saibas que continuo a querer que me afastes o cabelo do rosto enquanto durmo...

quinta-feira, novembro 10, 2005

Estados de Espírito...

"Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo. O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. (...) O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. (...) A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira.”
Diz Miguel Esteves Cardoso, e também Isabel Lindim, Miguel Boucinha, Joana e René.
Manda um pouco de amor a alguém.
in le cool magazine

quarta-feira, novembro 09, 2005

On Lollipops and Crisps

Se por momentos nos esquecessemos de quem somos, dois estranhos que se encontram, dois olhares que se cruzam no meio de uma rua movimentada, chove... tu vês-me, eu vejo-te. Lembro-me bem de ti, era contigo que eu sonhava todas as noites, eras tu que me acordavas com beijos, eras tu quem eu sempre quis. Lembras-te? Do meu toque, do meu cheiro, eu durmo com o teu cheiro entranhado no meu corpo e desejo que me acordes uma e outra vez. Vem depressa, estou quase a acordar... Se vieres antes da chuva acabar...é só isso que te peço! Dois olhares numa rua, chove, tu vês-me, eu vejo-te, amamo-nos, é simples.

terça-feira, novembro 08, 2005

On Lollipops and Crisps

Se ao menos fossemos cronometrados no desejo, quer dizer, se ao menos nos encontrassemos a morrer um pelo outro no mesmo local à mesma hora. Talvez tudo neste amor desarranjado se resuma a um grande e longo desencontro. Fazemos assim, eu desejo por ti, tu desejas por mim e na manhã seguinte fingimos não nos lembrar de nada, pode ser?

segunda-feira, novembro 07, 2005

Estados de Espírito


TRÍPTICO

II

Não sei como dizer-te que minha voz te procura
e a atenção começa a florir, quando sucede a noite
esplêndida e vasta.
Não sei o que dizer, quando longamente teus pulsos
se enchem de um brilho precioso
e estremeces como um pensamento chegado. Quando,
iniciado o campo, o centeio imaturo ondula tocado
pelo pressentir de um tempo distante,
e na terra crescida os homens entoam a vindima
- eu não sei como dizer-te que cem ideias,
dentro de mim, te procuram.

(...)
- não sei como dizer-te que a pureza,
dentro de mim, te procura.

Durante a Primavera inteira aprendo
os trevos, a água sobrenatural, o leve e abstracto
correr do espaço -
e penso que vou dizer algo cheio de razão,
mas quando a sombra cai da curva sôfrega
dos meus lábios, sinto que me faltam
um girassol, uma pedra, uma ave - qualquer
coisa extraodinária.
Porque não sei como dizer-te sem milagres
que dentro de mim é o sol, o fruto,
a criança, a água, o deus, o leite, a mãe,
o amor,


que te procuram

in Hérberto Helder

Ou O Poema Contínuo

sexta-feira, novembro 04, 2005

On Lollipops and Crisps

Quero que saibas que não sinto qualquer arrependimento por te querer: tocar, sentir, beijar, morder, arranhar, abraçar, sorrir, conhecer, acarinhar, adormecer, respirar, lamber, atravessar, embalar, amar. Todos os dias te deito fora como um vestido velho para te ir buscar ao lixo outra vez antes que te levem, antes que se rocem a ti os gatos vadios. Estou para além das palavras...