quinta-feira, outubro 27, 2005

Educação cultural versus apanágio gay televisivo.

A mediocridade dos programas televisivos de hoje em dia é gritante.


Vende-se tudo!


Para isso hipotecam-se princípios, hipoteca-se a dignidade, em prol de um espectáculo dirigido a massas que olham embrutecidas para a caixinha mágica. Vale tudo na conquista das audiências. E nem se tenta sequer manter alguma qualidade naquilo que se vende.
A homossexualidade é explorada em quase todos os ditos programas, desde novelas a talk-shows intelectualoides, e outros programas mais híbridos, como o famoso “Esquadrão G”, a “Senhora Dona lady” e afins…
Estive por fora do nosso pais, e quando voltei e me instalei no meu sofá para dar a volta de reconhecimento, eis que sou deparado com programas perfeitamente obscenos (e ás vezes não só culturalmente)em todos os canais Portugueses!
Eu não tenho rigorosamente nada contra a comunidade gay nem contra os seus aderentes (Apesar de achar que agora está na moda e por isso toda a gente de repente é gay, ou saiu do armário, porque precisava de dar nas vistas!).
Não me parece é normal que se faça apanágio do reconhecimento do “estatuto gay” para afirmar, ou pelo menos propagandear, que temos uma sociedade “contemporânea” e isenta de preconceitos. Parece-me antes um enorme paradoxo.
A partir do momento em que um assunto tão pessoal e do direito de cada um, passa a ter necessidade de aceitação por parte do publico em geral, deixamos de ter a liberdade da escolha para entrar na obrigatoriedade da aceitação.
Se é um direito individual, respeitado como tal, não tem que ser posto a parecer da sociedade em geral. É inerente à liberdade individual e ponto final.
Daí não entender esta urgência de propaganda, como um imiscuir nos valores de cada um.
O mesmo vale para muitas outras coisas, que são tratadas ao desbarato pelos media e discutidas ainda mais ao desbarato (ou devia dizer “disparate”) pelos espectadores do pequeno ecrã. Posto isto, que dizer?
Que gostava que houvesse alguma censura relativamente à programação televisiva?
Que isso não faz de mim um neo-fascista, mas que me parecia que a sociedade devia ser tratada com mais respeito por parte dos media?
Que não acho que esteja a ser dado o direito à escolha, mas promovido o dever da estupidificação?
Até nos telejornais… Ao que me responderiam certamente com argumentos pesados como “cada um vê aquilo que gosta” e “gostos não se discutem”.
O direito ao conhecimento e à informação está consagrado.
Os gostos não se discutem, mas educam-se. E não é a promover a estupidez que se educa uma sociedade, que se diz civilizada.
O direito à informação devia ser usado como garantia de conhecimento e não como subversão das mentalidades. Claro que uma população embrutecida pela estupidez é muito mais fácil de manipular.
Não será isso que se está a tentar?Ou teremos todos realmente uma mentalidade mais aberta e consciente depois de assistir na integra ao Big Brother??
lol!